Identity area
Reference code
Title
Date(s)
Level of description
Dossiê
Extent and medium
28 fotografias
Context area
Repository
Archival history
Immediate source of acquisition or transfer
Content and structure area
Scope and content
- Apontamentos sobre a família Silva Pontes:
Antônio Clemente Silva Pontes veio de Portugal e se fixou em Tapera, depois chamado Porto Seguro e hoje Porto Firme. Chegando ao Brasil viúvo, trouxe os filhos Vicente e Manuel Clemente, morreu logo cedo os deixando já casados.
Vicente se casou com Matilde (Tia Matila). Manuel Clemente se casou com Joana Maria de Jesus - uma menina de treze anos - da localidade de “Olho D’Água” e recebeu um dote de uma dúzia de escravos.
Manuel Clemente da Silva Pontes (Sô Neca) morreu em Dezembro de 1932, aos setenta e dois anos. O mais velho e mais conhecido de seus filhos foi Almiro Pontes, fazendeiro que também comercializava cereais, máquinas agrícolas manuais, máquinas de costura, motores, moinhos e tecidos, estando sempre viajando entre São Paulo e Rio de Janeiro. Suas mercadorias eram transportadas em tropas e carros de bois. Casou-se em 29 de Setembro de 1915 em São José Barroso com Luzia Rosa Duarte e tiveram dez filhos.
A princípio o casal morou na Fazenda Boa Vista mudando depois para a Fazenda do Paiol, onde nasceu sua primeira filha, Maria José, em 5 de Fevereiro de 1919 e os outros filhos. Em 1929 comprou uma motocicleta para si e outra para Antônio Ivo, seu cunhado, contando com a ajuda de Alvino Machado, Lisandro e José de Almeida “para explicar como funcionava”. Depois evoluiu para o Ford 29, que conduziu Monsenhor Raymundo para se ordenar em Mariana e celebrar a primeira missa em São José do Barroso, hoje Paula Cândido, em 1933. Na verdade, o Ford chegou a fazer incursões até o Rio de Janeiro trazendo sempre muitas novidades, como plantas e animais caros.
Ele foi amigo de Arthur Bernardes, vereador no mandato do Dr. José de Carvalho e membro fundador da Usina Santa Rita, do Colégio de Viçosa e da Fábrica de Manteiga. Entendia de música, tocando piano, violão, viola e bandolim, com os quais entretinha os agregados após o serviço, lia a Bíblia, escrevia em seu diário (que queimou antes de morrer) e fazia versos para a esposa. Faleceu em 21 de Fevereiro de 1984, aos noventa e seis anos.